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Número de Mensagens : 208 Perfil do Usuário : Aluno de Curso Técnico da Escola Maria Rocha Data de inscrição : 15/08/2008
| Assunto: Feliz Ano Novo - Rubem Fonseca Qui Out 09, 2008 4:25 am | |
| Três marginais decadentes, Pereba, Zequinha e o narrador do conto estão na pior. Sem dinheiro e com fome, eles pensam em fazer sua ceia de revelion com restos de despacho de macumba.
Então decidem assaltar uma mansão. Entram na mansão e matam quatro pessoas, roubam e estupram. Depois de voltarem pra casa, os marginais conferem o resultado do roubo e desejam uns aos outros: “Feliz Ano Novo”. A marca mais importante deste conto é a violência urbana e a linguagem dura usada por Rubem Fonseca.
“A velha também tinha batido as botas. Toda penteada, aquele cabelão armado, pintado de louro, de roupa nova, rosto encarquilhado, esperando o ano novo, mas já tava mais pra lá do que pra cá. Acho que morreu de susto. Arranquei os colares, broches e anéis. Tinha um anel que não saía. Com nojo, molhei de saliva o dedo da velha, mas mesmo assim o anel não saia. Fiquei puto e dei um dentada, arrancando o dedo dela. Enfiei tudo dentro de uma trouxa. O quarto da gordinha tinha as paredes forradas de couro. A banheira era um buraco quadrado grande de mármore branco, enfiado no chão. A parede toda de espelhos. Tudo perfumado. Voltei para o quarto, empurrei a gordinha para o chão, arrumei a colcha de cetim da cama com cuidado, ela ficou lisinha, brilhando. Tirei as calças e caguei em cima da colcha. Foi um alívio, muito legal. Depois limpei o cu na colcha, botei as calças e desci.” | |
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